| Junji deseja englobar míni, pequenos e médios produtores no novo indicador, desenvolvido pelo Sistema OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras em parceria com a Fiesp |
| 12/06/2014 |
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| Junji: “A medição junto aos produtores de hortaliças e frutas destinadas ao mercado interno dará um panorama mais abrangente do agronegócio, abrindo um nicho interessante de pesquisa” |
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Coordenador do ramo de Trabalho da Frencoop – Frente Parlamentar Mista do Cooperativismo, o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) conheceu o ICAgro– Índice de Confiança do Agronegócio e seus resultados correspondentes ao primeiro trimestre deste ano. Ele aproveitou a oportunidade para pedir a inclusão da hortifruticultura nos próximos trabalhos de campo. “A ideia é que o indicador englobe os míni, pequenos e médios produtores, dotados de alta tecnologia, que atuam no segmento em modestas áreas e com expressiva produtividade para abastecer o mercado interno”.
Pioneiro no País, o novo indicador de confiança decorre da parceria entre a Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, por meio do seu Departamento do Agronegócio, e o Sistema OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras. A apresentação do ICAgro ocorreu nesta quarta-feira (11/06/2014), na sede do Sistema OCB, em Brasília, e foi conduzida pelo anfitrião, Márcio Lopes de Freitas, e pelo diretor do Departamento de Agronegócio da Fiesp, Benedito da Silva Ferreira.
Iniciado em 2013, o projeto possibilitou a conclusão do estudo dos três primeiros meses deste ano, com base na consolidação e análise de dados compostos pelos atores na cadeia do agronegócio “antes da porteira” (insumos, bancos, indústrias etc), “dentro da porteira” (produtores agropecuários) e “depois da porteira” (transportadores, indústria, tradings etc).
O pedido de Junji para incluir a hortifruticultura se deve ao fato de o indicador considerar, dentro da porteira, apenas as culturas de extensão, que geram commodities, como soja, milho, trigo, arroz, cana, café, citrus e algodão, além de produtos pecuários (corte e leite).
“A medição junto aos produtores de hortaliças e frutas destinadas ao mercado interno dará um panorama mais abrangente do agronegócio, abrindo um nicho interessante de pesquisa”, argumentou Junji, elogiando a iniciativa pioneira. Ele também preside a Subleite – Subcomissão Permanente do Leite da Câmara e a Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros. Este colegiado engloba verduras, legumes, tubérculos, bulbos, frutas, champignon, mel e derivados, aves e ovos, pecuária de leite de pequeno porte, flores, plantas ornamentais e outros itens destinados ao abastecimento do mercado interno.
Além do índice, que mede a confiança do setor, o ICAgro apresenta as expectativas de investimento no “Painel de Investimentos”, também a cada trimestre, e os resultados do “Perfil do Produtor Agropecuário” respondente, que identificam quem são os atores do setor – um dos mais eficientes da economia brasileira.
Agradecendo a parceria com a Fiesp, o presidente do Sistema OCB disse que o ICAgro “é uma convergência de esforços entre as equipes das duas instituições que pretende trazer uma visão de futuro, já que o Brasil está caminhando para ser o maior produtor de alimentos, fibras e energias renováveis do mundo”. Com os dados levantados trimestralmente, observou, será possível “construir um plano estratégico que garanta a nossa participação no mercado mundial de forma sustentável”.
O diretor do Departamento de Agronegócio da Fiesp ponderou que o ICAgro fornece “subsídios para contribuir com a construção de um planejamento de longo prazo, pois sabemos que 40% da produção mundial, em 20 anos, sairá do Brasil”. Então, questionou ele: “Estamos prontos para isso? Temos por onde escoar nossos produtos? Temos portos suficientes? Temos onde armazenar a produção?” O projeto visa ajudar a responder essas questões, como resumiu ele.
Na visão do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Seneri Paludo, “este índice traz uma série de informações estratégicas de extrema utilidade para o setor agropecuário brasileiro”. Ele antecipou que muitas informações serão utilizadas pelo governo federal na elaboração das políticas públicas voltadas ao setor produtivo.
Cenário atual
O ICAgro registrou queda de dois pontos no primeiro trimestre de 2014, em comparação aos três meses iniciais de 2013. Na escala de 0 a 200, o índice geral (que abrange os segmentos “antes” e “depois da porteira” mais o “produtor agropecuário”) variou de 104,5 para 102,7 pontos, demonstrando uma percepção ainda mais cautelosa em todos os elos da cadeia.
Na análise por elo da cadeia, todos apresentaram variações negativas: “Indústria Antes da Porteira” (- 8 pontos), “Produtores Agropecuários” (- 0,4 pontos) e “Indústria Pós Porteira” (- 0,6 pontos). Para melhor captar as percepções de todos os elos que envolvem o Agronegócio, a pesquisa de campo consultou agentes que atuam antes, dentro e depois da porteira da fazenda.
No primeiro e no último grupo, houve cerca de 50 entrevistas com indústrias fornecedoras de insumos e serviços aos agricultores, além de cooperativas e indústrias compradoras de commodities agrícolas e produtoras de alimentos. Já o quadro “dentro da porteira” resultou de 1,5 mil entrevistas, sendo 645 válidas, com produtores agrícolas e pecuários.
O ICAgro é uma realização do Sistema OCB e da Fiesp, com o apoio da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores e Andef – Associação Nacional de Defesa Vegetal. Os dados que compõem o índice são atualizados trimestralmente e a próxima divulgação está prevista para agosto. Outras informações e o download do estudo completo estão disponíveis no site.
Também participaram do evento os deputados Celso Maldaner (PMDB-SC) e Osmar Serraglio (PMDB-PR), entre outros parlamentares; representantes do Banco do Brasil, Banco Central do Brasil, Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Frente Parlamentar da Agropecuária, Frente Parlamentar do Cooperativismo, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Fazenda e Abrapa – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, além de outras lideranças do setor agropecuário. |
Mais informações:
Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com |
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