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Megaleite 2014

  Sintonia na cadeia produtiva
Presidente da Subleite, Junji defende políticas públicas de estímulo à exportação, incentiva integração entre os elos da corrente produtiva e alerta para risco da cobrança de royalties
17/07/2014 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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Junji: “A união e a sintonia entre todos os elos do segmento é vital para sensibilizar os parlamentares a assumirem as bandeiras em defesa da classe”
 
O Brasil saiu de uma produção de 7,3 bilhões de litros de leite na década de 70 para os atuais 35 bilhões de litros por ano. “Considerando que o consumo interno apresenta crescimento anual não superior a 7%, enquanto a produção cresce 9% ao ano, havendo a perspectiva de que o Brasil feche 2014 no terceiro lugar do ranking mundial de produtores do alimento, é cristalina a necessidade de políticas públicas de estímulo à exportação de produtos lácteos, além de manter o pé no freio das importações”, pontuou o presidente da Subleite – Subcomissão Permanente do Leite da Câmara Federal, deputado federal Junji Abe (PSD-SP).

Presidindo o Fórum de Debates realizado, nesta terça-feira (15/07/2014), na Megaleite 2014, em Uberaba/MG, com o tema “As Perspectivas da Cadeia Produtiva do Leite no Brasil e no Mundo”, Junji apregoou a participação direta das entidades representativas do setor nas ações desenvolvidas no Congresso Nacional. “A união e a sintonia entre todos os elos do segmento é vital para sensibilizar os parlamentares a assumirem as bandeiras em defesa da classe”, conclamou o deputado. Antes de abrir os trabalhos, o deputado foi convidado a entregar a honraria “Mérito Girolando 2014 – categoria produtor de leite” a José Renato Chiari.

Compartilhando das considerações de Junji sobre o fortalecimento da categoria, o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Jônadan Ma, defendeu a união em busca do apoio ao consumo, ao desenvolvimento da cadeia produtiva e do processo genético. Ele chamou a atenção para a importância da escolha dos representantes do setor no Congresso Nacional. Em alusão às próximas eleições, o dirigente ressaltou que é preciso eleger quem está comprometido com as causas do segmento leiteiro. “É hora de sermos reconhecidos e valorizados”.

Produtor e associado da Girolando, o secretário da Agricultura de Minas Gerais, André Merlo, reforçou a necessidade de incrementar as exportações, porque “não adianta produzirmos mais e não termos a quem entregar”. Ele elogiou a atuação do deputado Junji em prol do setor, despachando: “É quem nos representa no Congresso Nacional”.

Ao apontar a necessidade de ajustes na legislação brasileira, que traz insegurança jurídica ao setor, o prefeito de Uberaba, Paulo Piau Nogueira (PMDB), lembrou que “nossa voz tem de ser ouvida no Congresso Nacional”. Reforçando as palavras do secretário, ele elogiou a dedicação de Junji à frente da Subleite: “Participei com ele na Câmara Federal, e sei o quanto é um guerreiro e defensor do produtor. Menos conversa e mais trabalho. O Brasil precisa é disso”.

A necessidade de a cadeia produtiva se aproximar do poder público e de seus representantes, assim como os estímulos à exportação foram os pontos de convergência dos debates. “Nós só vamos ser ouvidos, se a Girolando tiver uma postura mais próxima de Brasília”, avaliou o presidente da Comissão do Leite da OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras, Vicente Nogueira. Ele destacou a importância de recorrer à Subleite, presidida por Junji, para consolidar a ponte entre o setor e o governo.

Nogueira também enalteceu a disposição de Junji de, em pleno período eleitoral, como candidato à reeleição pelo Estado de São Paulo, se propor a participar de um evento em Minas Gerais. “Faço com satisfação porque é meu dever, como presidente da Subleite, ouvir os representantes do setor leiteiro, durante o Megaleite, uma das principais feiras da pecuária leiteira do País, que reúne a nata da representatividade”, disse o deputado.

Durante o fórum, o superintendente federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Marcílio Sousa Magalhães, representou o ministro Neri Geller, argumentando que o ministério “tem feito seu trabalho no sentido de apoiar e fortalecer a cadeia”.

Junji pinçou um assunto que vem tirando o sono dos produtores: a demora na revisão do Riispoa – Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, elaborado há 62 anos e “obviamente obsoleto quanto às tecnologias e possibilidades atuais, inexistentes em 1952”. A modernização do documento, explicou o deputado, pode aprimorar o sistema de transporte do leite cru. Na regra vigente, o transbordo é proibido, prejudicando produtores e indústrias que gastam mais tempo e dinheiro com o processo feito à moda antiga.

Ainda em relação ao tema, Junji frisou a necessidade de elaboração de um novo texto para substituir a Instrução Normativa 62, visando manter as três classificações do leite – A, B e C. “Temos trabalhado com vigor junto ao Ministério da Agricultura e à Casa Civil para fazer valer a efetiva participação da Câmara Setorial do Leite, que reúne representantes de todo o segmento e apresentou propostas para adequar as normas”, relatou.

São demandas do gênero que exigem a atuação unificada da cadeia produtiva para alcançar os resultados esperados, como evidenciou Junji. “Todos os produtores, independentemente do tamanho, precisam de incentivo, por meio de políticas públicas adequadas, e de serem respeitados”, concordou o diretor de Relações Institucionais e Comerciais da Girolando, Ronan Salgueiro, ao lembrar que a categoria ainda sofre com muitos gargalos, como impostos altos, baixa qualidade da energia elétrica, marketing ineficiente e outros.

Na visão do diretor do Laticínio Scala, Marcel Scalon Cerchi, o caminho da evolução das exportações passa pela efetiva melhoria do setor, com a eliminação de deficiências que atingem todos os elos da corrente produtiva. “A cadeia precisa se unir, ir às ruas, se mostrar, exigir, fazer a coisa acontecer”, defendeu.

Para o presidente da Câmara Setorial do Leite, Rodrigo Alvim, “precisamos nos organizar para exportar, porque, caso contrário, nos afogaremos em nosso próprio leite”. Ele aposta que o Brasil ainda será um dos maiores exportadores do mundo: “É só uma questão de tempo, mas temos de nos valorizar e acreditar”.

Elogiando a competência do produtor brasileiro, com sua capacidade de empreender e inovar, o chefe geral da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, indicou que o atual desafio é manter a qualidade e a segurança do alimento. Há 40 anos, a missão era produzir. “Temos de estar permanentemente ligados ao mercado internacional, medindo nosso poder de competição, como mecanismo de defesa”, observou, ao falar sobre os obstáculos a serem vencidos até o aumento das exportações.

A revisão de algumas políticas dentro do setor cooperativista e o estudo de novas medidas que incentivem o segmento leiteiro foram destacados pelo presidente da Calu – Cooperativa Agropecuária de Uberlândia, Cenyldes Moura Vieira. Ele frisou que a importância da cadeia produtiva extrapola o cenário econômico, porque traz ganhos sociais ao gerar renda mensal e fixar o homem ao campo.

A Megaleite prosseguirá até domingo (20). Sedia a 25ª Exposição Nacional de Girolando - Jubileu de Prata", a 16ª Exposição Nacional do Gir Leiteiro, a 4ª Exposição Interestadual de Gado Holandês, a Exposição Ranqueada e Torneio Leiteiro da Raça Guzerá, a Mostra Especial e Torneio Leiteiro da Raça Sindi e a Mostra Especial e Torneio Leiteiro da Raça Indubrasil. A programação conta com leilões, competições de animais, feira de negócios, eventos culturais e lançamentos.

Alerta
Se entrar em vigor, sem as alterações defendidas pelo setor agropecuário, o Tirfaa – Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e para a Agricultura, no contexto do Protocolo de Nagoya sobre a biodiversidade, transformará o Brasil no “maior pagador mundial de royalties de alimentos”. O alerta foi dado pelo presidente da Subleite – Subcomissão Permanente do Leite da Câmara, deputado federal Junji Abe, durante o Fórum de Debates realizado na Megaleite 2014.

Mais de 90% dos alimentos consumidos no Brasil derivam de espécies exóticas (não nativas). Como exemplos, Junji citou arroz, feijão, soja, trigo, saladas, verduras, legumes, algodão, todas as espécies animais de criação e a produção nacional de biocombustíveis. Micro-organismos usados na fabricação de pão, lácteos, vinho, cerveja e quase todos os alimentos com processos biológicos também vêm de outros pontos do mundo.

Junji lembrou que todas as raças do gado leiteiro não são nativas, fazendo com que a eventual incidência de royalties “desabe” sobre a cadeia produtiva do leite. Para dimensionar o impacto financeiro da medida, Junji apontou a soja, originária da China, maior cliente do Brasil. “Se o nosso País tiver de pagar 1% de royalties pelo produto, significa desembolsar um estádio da Fifa por ano”. Ele disse que a situação chegou a este ponto, porque que a coordenação do processo ficou a cargo do Ministério das Relações Exteriores, “alicerçado tão somente” nas informações da Pasta do Meio Ambiente.

“Todas as atenções foram focadas no combate à biopirataria, preservando royalties sobre espécies animais e vegetais extraídas das florestas brasileiras. A proteção é louvável. O que não pode é ignorar a agropecuária, colocando a alimentação do brasileiro em risco”, descreveu Junji, informando que integra a comissão especial encarregada de analisar o projeto de Lei 7735/2014, que trata do acesso ao patrimônio genético.

Também marcaram presença no Fórum de Debates da Megaleite 2014 Ricardo Sapi, representante do ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto; Flávio Eustáquio Maroni, representante da Epamig – Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais; Romeu Borges de Araújo Júnior, presidente do Sindicato Rural de Uberaba/MG; Rony Adolfo Hein, diretor geral do IMA – Instituto Mineiro de Agropecuária; Cícero Ibrain Buldrini Filegon, presidente da Emater-MG – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais; Luiz Henrique Borges, presidente da Certrim – Cooperativa dos Empresários Rurais do Triângulo Mineiro; e José de Castro Rodrigues Netto, diretor da ABCz – Associação Brasileira dos Criadores de Zebu; entre outras lideranças do setor leiteiro.

Crédito das fotos: Maurício Farias
Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com
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