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PEC dos Municípios

  Socorro às cidades
Ao festejar aprovação, em 2º turno, da proposta que aumenta repasses para municípios, Junji insiste em celeridade na implantação de medidas que recuperem saúde financeira das prefeituras
27/11/2014 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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Junji: “As cidades carecem de ações efetivas, como a reforma do pacto federativo para mudar regras na distribuição do bolo tributário arrecadado no País”
 
A Câmara Federal aprovou, em 2º turno, a PEC – Proposta de Emenda à Constituição426/2014, do Senado, que aumenta em um ponto percentual os repasses de impostos federais ao FPM – Fundo de Participação dos Municípios. Defensor da iniciativa, o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) votou a favor da medida nos dois turnos de votação no Plenário. Contudo, alertou que se trata de socorro imediato, mas não de solução. “As cidades carecem de ações efetivas, como a reforma do pacto federativo para mudar as regras na distribuição do bolo tributário arrecadado no País”.

Com a aprovação em 2º turno (349 a favor e um contra), nesta quarta-feira (26/11/2014), o texto seguirá para promulgação do Congresso Nacional. Na prática, o fundo que é dividido entre as prefeituras passará a receber 24,5% do produto líquido da arrecadação do IR – Imposto de Renda e do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados. De acordo com a proposta, em julho de 2015 passa a vigorar metade do novo repasse e, em julho de 2016, a outra metade será acrescida.

A proposta determina que a União repasse 49% da arrecadação para acrescentar ao FPM nos primeiros dez dias do mês de julho de cada ano. De acordo com o texto, a União aumentará em 0,5% o repasse ao FPM no primeiro ano em que a emenda constitucional gerar efeitos, acrescentando-se 0,5% no segundo ano, alcançando-se, assim, o percentual de 1%.

Atualmente, a Constituição estabelece que a União entregue 48% do produto da arrecadação desses tributos ao FPE – Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal, que recebe 21,5%; ao FPM (23,5%); e aos programas de financiamento ao setor produtivo das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (3%).

“Essa PEC está longe de ser ideal. Faz uma mínima correção, mas não permite restabelecer a saúde financeira dos municípios que têm suas finanças na condição de doentes quase terminais”, avaliou Junji. Ele lembrou que, entre 2008 e 2012, os repasses da União para estados e cidades minguaram em R$ 190 bilhões, conforme relatório do TCU – Tribunal de Contas da União.

Na visão de Junji, o único modo de equacionar o problema das prefeituras é efetivar a reforma do pacto federativo. Como municipalista declarado no seu currículo de ex-vereador, três vezes deputado estadual (1991-2000) e dois mandatos como prefeito de Mogi das Cruzes (2001-2008), na Grande São Paulo, o deputado assinalou que as cidades precisam receber uma fatia bem mais generosa da receita arrecadada no País para fazer frente às responsabilidades que têm assumido.

Hoje, a União fica com 60% a 65% de toda receita tributária nacional, enquanto os estados levam aproximadamente 20% a 25% e os municípios recebem insignificantes 8% a 15%. “Mesmo com tão parcos recursos, as cidades são obrigadas – por conta do significativo crescimento da municipalização – a dar cada vez mais à população, a melhor educação, saúde, segurança, transporte, habitação e infraestrutura, entre outras demandas justas, legítimas e merecidas”.

Ao mesmo tempo, prosseguiu o deputado, os municípios precisam cumprir as aplicações constitucionais obrigatórias de 25% e 15% da receita corrente líquida em educação e saúde, respectivamente. “Em média, as cidades recebem 13% de FPM (Fundo de Participação dos Municípios), mas há algumas que obtêm repasse de apenas 8%. O sacrifício direto é do povo”, assinalou.

Além disso, ponderou Junji, os municípios sofreram severos prejuízos em função da política de desonerações fiscais dos governos Lula e Dilma Rousseff. Segundo contas da CNM – Confederação Nacional dos Municípios, as desonerações do IPI e do Imposto de Renda, entre 2008 a 2013, levaram as cidades a perderem R$ 77 bilhões a que teriam direito no fundo.

O montante equivale a 26,4% de toda a quantia distribuída nos últimos cinco anos pelo fundo. Ou seja, apenas nesse período, foi retirado do fundo o equivalente a um ano do FPM em desonerações, como observou Junji que integra a Frente Parlamentar Municipalista, desde o início da legislatura.

“A desoneração de produtos e serviços é aplaudida pela população. E praticamente não afeta o governo federal que usufrui de taxas e contribuições não pressionadas pela diminuição dos tributos e também não repassadas às cidades, porque não entram no cálculo do Fundo de Participação”, explicou Junji, ao insistir na união dos prefeitos, vereadores e deputados em torno da urgente reforma do pacto federativo.

O FPM determina quanto cada cidade vai receber do bolo arrecadado. Seguindo os preceitos da Constituição Federal, o índice de cada localidade é calculado proporcionalmente ao recolhimento local de Imposto de Renda e IPI e à densidade populacional.

As contribuições e taxas criadas pelo governo não entram no cálculo do FPM, independentemente de serem recolhidas em função das atividades desenvolvidas por empresas do município. “Isto agravou as distorções, ampliando a desigualdade na distribuição”, descreveu Junji. Ele acrescentou que, antes da criação de itens como o Cofins, a participação das cidades na receita global atingia 20% contra 50% da União e 30% dos Estados. A reivindicação original das entidades municipalistas era o aumento de 2% do fundo e não apenas 1% como acabou cravado na PEC. “Votamos a favor como emergência, mas continuamos defendendo ações efetivas”.
Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com
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