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Caminhoneiros

  Junji roga pelo fim da paralisação
Junto com a FPA e entidades do setor produtivo, deputado alerta que faltará comida à população, decorrente do colapso do agronegócio que já acumula prejuízos bilionários
29/05/2018 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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Junji, em coletiva organizada pela FPA: "Gente, vai faltar comida na mesa!”.
 
O deputado federal Junji Abe (MDB-SP) clamou por bom senso para o fim da paralisação dos caminhoneiros contra a alta no preço do diesel, que entrou no 9o dia e assombra a população com o risco de desabastecimento generalizado e prejuízos bilionários. “Fomos solidários à classe dos caminhoneiros e trabalhamos para que suas justas reivindicações fossem atendidas. O que não se admite é a baderna causada por quem, intencional ou ingenuamente, está a serviço de um movimento de contornos políticos, alheio ao transporte de cargas, interessado apenas na deposição do presidente da República. Gente, vai faltar comida na mesa!”.

A declaração de Junji faz coro às manifestações da bancada do agronegócio no Congresso Nacional, assim como das entidades dos setores produtivos, além de representantes classistas dos transportadores autônomos e de empresas transportadoras. Reunido pela FPA – Frente Parlamentar da Agropecuária, no Salão Verde da Câmara dos Deputados, o grupo concedeu uma entrevista coletiva, na manhã desta terça-feira (29/05/2018), com a finalidade de pedir a ajuda da população, por meio da Imprensa, na defesa dos interesses do povo e da Nação, renegando a intenção anarquista de uma minoria descompromissada com a sobrevivência dos brasileiros.

Enquanto a sociedade sente o desabastecimento de itens essenciais, os prejuízos às cadeias produtivas do leite e carnes já somam mais de R$ 5 bilhões, como acentuou a presidente da FPA, deputada Tereza Cristina (DEM-MS). No total, estima-se cerca de R$ 10 bilhões em perdas à economia nacional. “Todo o agronegócio brasileiro entrará em colapso, se a normalidade não for retomada. Os efeitos da greve massacram, principalmente, os produtores de leite, hortifrútis, ovos, carnes – frangos, suínos e bovinos – e demais itens perecíveis”, completou Junji, acrescentando que, em uma semana, houve perda total de investimentos feitos ao longo de períodos que variam de 4 meses a 5 anos.

Na coletiva, as instituições dos setores produtivos reiteraram que apoiaram as reivindicações e participaram das negociações em defesa dos caminhoneiros, atendidas pelas Medidas Provisórias 831, 832 e 833/2018, publicadas pelo governo federal no Diário Oficial da União no domingo (27). Igualmente, a FPA e a bancada do agronegócio empreenderão esforços para votar as iniciativas com urgência, no Congresso Nacional.

“Os caminhoneiros são um dos elos da corrente produtiva, portanto, nossos parceiros, e seguimos juntos. Nossa meta é a retomada da economia, o fortalecimento da nossa competitividade, com condições adequadas de trabalho para todos e sem prejudicar a população”, evidenciou Junji.

“Quanto pior, melhor”
Em centenas de locais, ainda há caminhões, senão bloqueando as rodovias, parados. Lideranças de transportadores autônomos e de empresas transportadoras criticaram a minoria que insiste em impedir a retomada da normalidade, servindo a ambições político-partidárias, sem vínculo com o transporte de cargas.

Falando em nome do Parlamento, os deputados Nilson Leitão (PSDB-MT) e Alceu Moreira (MDB-RS) alertaram que todos os brasileiros pagarão a conta, com maior ou menor intensidade. Eles pontuaram que há infiltrados no movimento dos legítimos caminhoneiros, movidos pela tese do “quanto pior, melhor”, que se aglomeram às margens das rodovias, promovendo a baderna para alavancar intenções político-partidárias.

Há ainda, de acordo com a presidente da FPA, o risco sanitário causado pela morte de animais (cargas vivas), leite descartado em rios e esgotos das cidades, entre outros danos que possam ser causados ao meio ambiente e à saúde pública.

Teia de prejuízos
A sucessão de perdas está explícita no descarte de produtos perecíveis. Segundo a Viva Lácteos – Associação Brasileira de Laticínios, 51 milhões de litros de leite já foram descartados por produtores de diversos estados, o que acarreta prejuízo diário de R$ 180 milhões. Produtores de alface e batata perderam grande volume de produção que estavam em caminhões parados. Foram obrigados a doar os produtos em meio às rodovias.

O preço da batata, por exemplo, registrou aumento de mais de 100% entre os dias 18 e 24 de maio, de acordo com informações da CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Na Ceagesp – Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo, o maior entreposto de alimentos da América Latina, o volume de produtos caiu mais de 70%, com escassez de 90% de hortaliças e frutas.

A ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal prevê que mais de 90% da produção de proteína animal seja interrompida, caso a situação não se normalize. Mais de 208 fábricas e 120 plantas frigoríficas já estão integralmente paradas, com mais de 234 mil trabalhadores suspensos. O impacto sobre a suinocultura no Brasil, que é o 4º maior produtor mundial da proteína, abrange 20 milhões de suínos, sem alimentação su¬ficiente. O dado é da ABCS – Associação Brasileira dos Criadores de Suínos. A falta de insumos leva muitos a óbito.

A Unica – União da Indústria de Cana de Açúcar apontou que há 47 usinas afetadas pela greve dos caminhoneiros, em grande parte, por conta da falta de combustível. Mais de 30 unidades em Minas Gerais interromperam as vendas de etanol, enquanto 10 paulistas estão paradas sem produzir nem vender. No Centro-Sul, responsável por 94 % da produção de etanol no País, a perda de receita estimada é de R$ 300 milhões. Há cerca de 220 usinas paradas por falta de óleo diesel. Tradings de exportações já têm informado aos clientes que atrasarão as próximas entregas.

As lideranças do agronegócio foram unânimes em afirmar que o setor não suportará a continuidade da paralisação dos caminhoneiros. Também participaram da coletiva o presidente do IPA – Instituto Pensar Agro, Fábio Meirelles, que reúne 40 entidades representativas do setor produtivo nacional, dirigentes da Abrapa – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Aprosoja Brasil – Associação Brasileira dos Produtores de Soja, Aprosoja MS – Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul, Faesp – Federação da Agricultura do Estado de São Paulo, Ampa - Associação Mato-grossense do Algodão, Abraleite – Associação Brasileira dos Produtores de Leite, Fórum Sucroenergético, Abiec – Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes, Abramilho – Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Acrimat – Associação dos Criadores de Mato Grosso, entre outras entidades.

Falta de comida
Com um histórico de mais de meio século de liderança rural, Junji é de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, um dos maiores polos produtores de hortaliças do Brasil. “Temos agricultores produzindo e sem a possibilidade de fazer a colheita porque não tem quem transporte”, testemunhou. Em uma semana, calculou ele, a paralisação na entrega de insumos para produção, associada à suspensão do escoamento do produto final, representa um prejuízo médio de 6 meses de trabalho no campo, desde o planejamento, semeadura, tratos culturais e colheita.

De acordo com Junji, milhares de míni e pequenos produtores, incluindo os da agricultura familiar, amargam perdas irrecuperáveis de verduras, legumes, frutas, ovos, leite, pescado, cogumelos e flores de corte, entre outros produtos. Planta-se com a expectativa de que os preços de mercado possam amortizar os financiamentos de custeio (com vencimentos de 6, 12 ou 24 meses) e de investimento (com pagamento semestral de juros e total, ao final de 5 anos).

“Aí, vem a greve dos caminhoneiros. Em uma semana, o sonho, plano, trabalho e colheita, que levaram de meses a anos, perdem-se na lavoura, no estábulo e na granja, porque não tem quem transporte a riqueza produzida, nem insumos para continuidade das atividades”, relatou o parlamentar.

Junji pontuou que o máximo a ser conseguido pelos produtores é a prorrogação dos financiamentos. “Ninguém, nem autoridades, nem população urbana e nem os caminhoneiros, sabe o que é produzir leite, ovos, verduras, legumes e frutas para abastecer o Brasil inteiro. Também não sabe o que são produtos perecíveis e sazonais”, lamentou, acrescentando que os grevistas têm a solidariedade de parte da sociedade e “recebem alimentos que nós produzimos”.

Ocorre que, se a paralisação perdurar, advertiu o deputado, a população brasileira passará fome, “porque não temos mais como produzir e arcar com a teia inominável de prejuízos acarretados”. Junji assinalou que apenas parcela minúscula dos setores produtivos conta com o sistema ferroviário, já que as ferrovias foram sucateadas no Brasil, com a concentração do transporte de cargas no modal rodoviário.

Na manhã desta terça (29), o Plenário da Câmara dos Deputados também recepcionou uma sessão de Comissão Geral para dar às lideranças dos partidos das duas Casas do Congresso Nacional a oportunidade de manifestações, todas relacionadas com a gravíssima crise decorrente da greve dos caminhoneiros.

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Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286
Tels: (11) 99266-7924 e (11) 4721-2001
E-mail: mel.tominaga@junjiabe.com
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  Lideranças do agronegócio são unânimes em afirmar que o setor não suportará a continuidade da paralisação dos caminhoneiros  
         
     
 
 
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