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Responsabilidade na Folia
Quinta-feira, 04 de Fevereiro de 2016 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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É verdade que a realidade sofrida do País não inspira comemoração. Mas, gosto de Carnaval. Sou entusiasta do desenvolvimento cultural e do fortalecimento das comunidades propiciados pelo espetáculo realizado em nosso Brasil multirracial, evento único no planeta. Tanto aprecio que, ao assumir a Prefeitura de Mogi das Cruzes em 2001, fiz questão de resgatar os desfiles carnavalescos, oficializando a Folia de Momo na avenida.

Também melhoramos a estrutura para as apresentações com a implantação da Avenida Cívica, que se tornou o palco apropriado para festejos carnavalescos, desfiles oficiais e outras manifestações socioculturais e educativas. A via representa a artéria para oxigenar o sistema viário, estrangulado pelo volumoso tráfego nas imediações. É paralela à ultramovimentada Avenida Prefeito Carlos Ferreira Lopes, que passou a sofrer gigantescos congestionamentos desde que transformamos o antigo “cemitério de veículos” em nobre espaço municipal de eventos. Falo da área do Centro Municipal Integrado Deputado Mauricio Najar, onde são realizadas as principais festas do calendário oficial mogiano.

Em que pesem os avanços, o contexto do Carnaval mogiano está longe do que planejamos para a Cidade. Há tempos, os fatos impõem a necessidade de uma revolução nas escolas e blocos. Há dois princípios básicos intrinsecamente ligados. Primeiro: a Prefeitura terá cada vez menos condições de repassar recursos públicos, até em função das sucessivas quedas de arrecadação. Também acabou a era de políticos que injetavam dinheiro em escolas de samba para ampliar seu prestígio. Segundo: as agremiações carnavalescas são do povo para o povo.

Não tem razão de existir a escola de samba que passa o ano inteiro nula para sua comunidade e só dá sinal de vida um mês antes do Carnaval. Pior. Faz um desfile pífio, que não exibe, sequer, o resultado da verba repassada pela Prefeitura. Vergonhoso para os integrantes, desprezível para a plateia e acintoso para a Cidade.

Por tudo isso, passamos oito anos na Prefeitura alertando os dirigentes das agremiações para a indispensável prática da responsabilidade social. É o alicerce do relacionamento com a comunidade e também a principal ferramenta para buscar patrocínio privado. Não é um bicho de sete cabeças. A administração municipal se propõe a ser parceira de projetos de inclusão social. A escola de samba pode utilizar sua sede para oferecer cursos gratuitos de iniciação profissional ou oficinas culturais, ministrados por monitores contratados pela Municipalidade.

Beneficiando os moradores, estabelece sinergia com a comunidade, que retribui com participação. Seja em festas para angariar fundos, seja nos preparativos para os desfiles. Esse processo evolui e confirma a legitimidade da agremiação quando ela passa a ser vista pelo morador como “a minha escola de samba”.

Nenhum investimento público irá assegurar a sobrevivência das agremiações que não azeitarem seu relacionamento com a comunidade. É o único meio de existir e produzir espetáculos com a qualidade que o público merece e exige. Nossa expectativa é que os fatos, ainda mais evidentes na crise econômica, propiciem as transformações. Assim, o carnaval mogiano será pleno em riqueza cultural, porque terá a essência da festa popular que justifica sua existência.

Quem não aprecia os festejos carnavalescos, use o período para fazer algo de que goste. Passe um tempo com a família, leve às crianças ao parque, ouça música, enfim, tenha bons momentos. Carnaval é festa, é alegria, é momento de dar vazão à energia. Mas, também é bom senso, organização e disciplina. Engana-se quem pensa que, em nome da Folia de Momo, tudo é permitido. Adulto tomar uma cervejinha é uma coisa. Encher a cara, ficar violento, bater na mulher, dirigir, causar acidentes ou tudo isto junto é criminoso. Vamos curtir bem o feriado. Com responsabilidade. Bom Carnaval!
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