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Cidadãos do futuro
Quinta-feira, 09 de Junho de 2016 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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Pouco mais de 50 anos atrás, não se ouviam no País vozes de autoridades públicas alardeando políticas de preservação da natureza e proteção ambiental. Em meio à então, quase inexistente, sociedade civil organizada, havia defensores do desenvolvimento sustentável, apregoando a imperiosa necessidade de coexistência harmoniosa entre ser humano e meio ambiente. De forma geral, porém, essas manifestações não encontravam ressonância no poder público nem no alicerce básico de formação humana, que é a educação escolar e familiar. No passado, não havia disciplinas curriculares nem a mínima preocupação nos lares com questões cruciais sobre o tema.

Em que pese a herança maldita do descaso, os conceitos foram revistos e a natureza deixou de ser apenas paisagem bucólica em propaganda de iogurte. Todos sabem, com maior ou menor abrangência, das obrigações para com a preservação ambiental. Na semana que acolheu o Dia Mundial do Meio Ambiente (5), chamo atenção para alguns avanços registrados em Mogi das Cruzes porque, embora tímidos perto das necessidades, são importantes.

Amparados na participação popular, enquanto prefeito, terceirizamos a limpeza pública, pontapé inicial para ações que permitiram desativar o Lixão da Volta Fria, implantar a coleta seletiva de lixo, buscar tecnologias limpas voltadas à disposição final de resíduos e ter uma usina de triagem onde atuam antigos catadores.

Ao mesmo tempo, atuamos para combater ocupações irregulares de várzeas, recuperar áreas degradadas e, entre outras ações, investimos em saneamento básico registrando a expressiva redução do despejo de esgotos in natura nos cursos d’água. O percentual de resíduos tratados subiu de 0,5%, em 2001, para 43%, em 2008, quando deixamos o cargo e projetos em andamento para que nosso sucessor, o prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (PSD), desse sequência ao processo. A Prefeitura estima que encerrará 2016 tratando mais de 70% dos esgotos coletados.

De tantas medidas com foco em preservação ambiental, a que mais me dá orgulho é a que possibilita a geração de cidadãos conscientes do seu papel no planeta. Dentro do conceito elementar de que o conhecimento é a chave-mestra para atingir qualquer meta, consolidamos a educação ambiental na rede de ensino. Para preservar é preciso conhecer, porque ninguém cuida daquilo que desconhece. A Escola Ambiental de Mogi das Cruzes, implantada em 2006, surgiu para responder às demandas de qualificar educadores e orientar os alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental.

Não tardou para que o empreendimento, considerado referência nacional, se tornasse conhecido mundialmente pela proposta arrojada de ser um centro de pesquisas e formação de professores, além de garantir orientação ambiental às crianças. Tem o objetivo primordial de socializar e aprimorar o ensino sobre meio ambiente e recursos naturais, incluindo lições relativas ao assunto também em outras disciplinas da grade curricular.

A inserção da educação ambiental no conteúdo disciplinar da rede municipal foi pautada pela premissa de desenvolver a consciência ambiental com atitudes cotidianas, aproximando os aprendizes da realidade local. Afinal, a Cidade é cortada pelo histórico Rio Tietê e abriga, em sua porção Norte, a Serra do Itapeti, um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica do Brasil. Também é polo produtor de água em função dos vastos mananciais. Isto, para dizer o mínimo. Sem contar, por exemplo, a necessidade de ampliar a adesão popular à coleta seletiva de lixo que já havíamos implantado.

A meta, seguida à risca até hoje, é conduzir o aluno por uma trilha de conhecimento onde ele próprio deseje mudar de comportamento para preservar os recursos naturais. E ao mesmo tempo, passe a cobrar posturas adequadas daqueles com quem convive. Educar para preservar o meio ambiente é uma missão árdua. A Escola Ambiental proveu o preparo adequado dos profissionais e o incentivo de que precisavam para pesquisar métodos cada vez mais eficientes.

Bem equipada e com estrutura funcional, a Escola Ambiental abriga laboratório, videoteca, biblioteca multimídia, viveiro de mudas, salas de estudo e de reuniões, e dependências administrativas. Docentes de todo o Brasil procuram a instituição para conhecer a experiência inédita em educação ambiental. Graças à dedicação dos educadores mogianos, as escolas, em todos os níveis de formação, atuam em sintonia, regidas pelo propósito de formar adultos conscientes e ativos na preservação ambiental.

Aí está, portanto, um exemplo cristalino da importância de políticas públicas direcionadas ao ensino de qualidade sob uma ótica abrangente, apto formar cidadãos proativos em relação aos desafios do desenvolvimento sustentável e capazes de ver a realidade, compreendê-la, criticá-la, proteger as conquistas e trabalhar com o intuito de resguardar o bem-estar coletivo. Foram lançadas as bases da evolução da sociedade.
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