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Atitude é tudo
Quinta-feira, 07 de Julho de 2016 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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Em tempos de violência desenfreada contra mulheres, negros, pobres, crianças, quem tem diferentes tipos de orientação sexual, aqueles que seguem credos diversos, contra animais, contra quem é ou pensa diferente, uma postagem incomum viralizou nas redes sociais. Não trazia ataques típicos de haters (pessoas que postam comentários de ódio) nem vítimas. Relatava apenas uma atitude. Simples, porém de profundo alcance, se absorvida pela sociedade. E capaz de guiar uma imprescindível mudança de comportamento nos adultos de amanhã.

"Depois de muita conversa, castigo ontem, hoje foi o dia de levar flores para a coleguinha que ele empurrou ontem na escola. #naosebateemmulher #sóflores #sócarinho #vaiserumprincipe #nãoéfácil". Esta postagem no Facebook veio acompanhada da foto de um menino que carrega um vaso de violetas. A autora é a mãe que mora em Porto Alegre (RS). Tavane Carvalho soube que o filho Diogo, de 4 anos de idade, havia empurrado uma coleguinha chamada Isabelle, ao invés de pedir licença para passar.

Tavane poderia ter sido indiferente ou, no máximo, dado uma bronca no filho. Ou ainda, ter feito o que, lamentavelmente, tornou-se rotina na conduta de muitos pais: brigado com a professora por não ensinar bons modos ao garoto, sob a inadmissível alegação de que determinadas lições cabem ao educador.

Ela foi diferente. Foi uma mãe preocupada com o adulto que o pequeno Diogo irá se tornar. Não se limitou a pensar na criança que tem em casa. Mas sim, no seu dever de educar. De tomar para si a responsabilidade pela construção do caráter daquele humaninho. E o fez com maestria, movendo famílias a contribuírem com a edificação de uma sociedade menos preconceituosa, livre do conceito espúrio de que homem bate em mulher, capaz de agradecer e de pedir perdão.

Não é fácil encontrar os melhores meios de educar uma criança. A punição vazia é inútil. Tavane teve de refletir para buscar o jeito adequado de sensibilizar o filho para a gravidade da conduta errada. De fazê-lo se arrepender e de convencê-lo a não repetir o erro, em nenhuma circunstância. Com certeza, os ensinamentos que moldam o caráter vêm de berço. Processam-se no lar.

A mãe soube do incidente quando foi buscar o menino na escola. Pensou em como lidar com a situação no caminho de volta. Ao chegar em casa, colocou Diogo em sua frente e conversou com ele, olhando nos olhos. Disse que estava muito triste. Explicou que “não se bate em colegas, ainda mais em meninas”.

Em seguida, Tavane deixou o filho de castigo no quarto por algumas horas, permitindo apenas que fosse ao banheiro. Na hora de dormir, Diogo rezou, pediu desculpas e garantiu que jamais faria de novo. Apesar de ser doloroso para o coração de mãe, ela se manteve firme na medida corretiva.

No dia seguinte, rumo à escola, propôs que comprassem flores para a garotinha. "Parei no mercado. Falei para ele escolher uma flor para a Isabelle. Falei para ele pedir desculpas, prometer a ela que não iria mais fazer o que fez e entregar as flores para ela fica feliz com ele", relatou Tavane ao Portal da Rede TV!

Observado pela professora, que depois narrou os fatos para Tavane, Diogo pediu desculpas e deu o vaso de violetas à coleguinha. Ela aceitou o presente e retribuiu o abraço oferecido pelo menino. No final do dia, quando a mãe foi buscar Diogo, perguntou se ele havia sido desculpado. “Ele disse que sim e que não iria mais repetir o erro”. Fica a história como prova de que atitude é tudo e como inspiração para que os pais se lembrem de criar seus filhos para o bem, para um mundo melhor e menos desigual.
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