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Abelha é vida
Ter�a-feira, 15 de Setembro de 2020 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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As pessoas costumam manter distância dos insetos, apesar de saberem que são imprescindíveis para o equilíbrio ambiental, alicerce da sobrevivência de todos os seres. É o caso das abelhas. Ao falar delas, surgem, quase instintivamente, três coisas: mel, colmeia e picadas doloridas. Fato é que esses pequenos voadores são fundamentais para o processo de polinização de vegetais. Não é uma função exclusiva das abelhas, mas elas se destacam na forma virtuosa e unida de trabalho.

Apesar de superimportantes para o mundo, as abelhas estão desaparecendo no planeta e os seres humanos são os responsáveis diretos. Nos EUA o número de colônias do inseto caiu 52% de 1957 a 2017. Não é diferente no Brasil, onde os apicultores constatam cada vez mais abelhas mortas por aí. Os pesquisadores descobriram que, além das doenças e da redução do habitat das espécies, os agrotóxicos são os responsáveis principais pela morte dos bichinhos.

Se o triste cenário não mudar, em breve, mel e cera serão os primeiros a sumir. O mel surge depois que as abelhas coletam o néctar de vegetais e flores e regurgitam essa substância dentro de favos feitos de cera, no interior das colmeias. Já a cera é produzida a partir de glândulas no abdômen desses bichinhos. Ambos os produtos são utilizados em diversas indústrias. Além do setor alimentício, o mel é usado em cosméticos e medicamentos, enquanto a cera serve de matéria-prima para cosméticos e remédios.

Não é só. Faltará comida. O desaparecimento das abelhas impactaria diretamente a agricultura, tornando insustentável a produção de alimentos. Estudo da Organização Mundial das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) constata que das 100 principais espécies de vegetais, usados como base para produzir 90% da comida ao redor do mundo, 71% são polinizadas por abelhas.

Ao mesmo tempo, a agricultura é a mais dependente das abelhas e a principal responsável pelos fatores que envolvem o desaparecimento delas e de outros polinizadores. No Rio Grande do Sul, ficou comprovado que o uso do agrotóxico FIPRONIL causa a morte de centenas de milhões de abelhas. Somem-se a isso os céleres – e criminosos – desmatamentos e queimadas de matas.

Os animais que se alimentam de frutas silvestres estão também condenados à morte, pelo crescente desequilíbrio ambiental. Muitos não se deram conta, mas até as carnes serão afetadas. Como conservar as pastagens e produzir rações advindas de vegetais para a sustentabilidade da pecuária, sem polinização?

Vivemos um cenário catastrófico com a situação sendo retroalimentada. 1) Ter menos insetos significa ter menos plantas e consequentemente menos produção; 2) ter menos plantas contribui para o aquecimento global; 3) menos produção aumenta a fome e a miséria. Paralelamente, ter menos planta afeta a biodiversidade do planeta e o ciclo de destruição recomeça.

Só nos resta clamar para que a população se conscientize, assim como pressione autoridades públicas e lideranças da sociedade civil por providências para reverter o quadro que tem potencial para destruir a humanidade. #PelasAbelhas #PelaVida #SobrevivênciaHumana

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
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