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Imprensa livre
Sexta-feira, 04 de Dezembro de 2020 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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É estarrecedor o volume e virulência dos ataques desferidos à parte da Imprensa brasileira e seus profissionais, nos últimos tempos. Pior, boa parte deles vem de autoridades públicas. Assegurada na Constituição, a liberdade de expressão e de Imprensa é o oxigênio da sociedade livre. “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”, resumiu, num legado para a humanidade, o pensador do iluminismo francês, historiador e filósofo Voltaire.

Vivemos claro retrocesso. Nosso País lidera o ranking mundial com as maiores quedas de classificação de liberdade de expressão, de 2009 para 2020, como mostra o Relatório da Organização Internacional de Direitos Humanos – Artigo 19. Na avaliação sobre Imprensa e liberdade de expressão, a queda é tão acentuada que o Brasil passa a ser classificado no grupo de países onde existe “restrição” a esses direitos.

Infelizmente, o governo Jair Bolsonaro vem contribuindo com a triste realidade. Levantamento do mês de julho da ONG Repórteres sem Fronteiras computa 53 ataques verbais do presidente da República aos jornalistas. Numa das reações de maior repercussão, divulgada na mídia, ele teria ficado irritado com um questionamento. Virou-se para os jornalistas e ameaçou: “Eu vou encher a boca desse cara na porrada”. Na sequência, emendou: “Minha vontade é encher tua boca na porrada, tá?”.

Não é a toa que o Brasil tem a maior queda em índice de liberdade de expressão entre 161 países, conforme estudo da Artigo 19. Com 46 pontos em um total de 100, o Brasil ocupa a 94ª posição no ranking de 161 nações, atrás de todos os países da América do Sul, com exceção da Venezuela, do ditador Nicolás Maduro.

Entendo que é missão planetária garantir um ambiente de trabalho seguro para os profissionais da Imprensa. Igualmente, é indispensável acabar com os ataques às organizações da sociedade civil e assegurar que a população não encontre barreiras de acesso às informações e notícias. Tanto de forma física quanto na internet. Considero o princípio de que os jornalistas profissionais estão cumprindo seu dever de questionar para informar, ao mesmo tempo em que seguem o Código de Ética da categoria. Em todos os casos, nada justifica agredir a honra e dignidade de quem quer que seja!

Não podemos nos calar. É um silêncio que já custa caro e será mortal para as gerações futuras. Além da postura firme na defesa da Imprensa livre, precisamos resguardar as conquistas dispostas na Constituição Federal de 1988, como a liberdade de opinião, de pensamento, de expressão e de informação, entre outros direitos imprescindíveis ao povo e à nação brasileira.

Com humildade, faço coro à luta intransigente em prol da liberdade de Imprensa, unindo esforços com entidades representativas, como Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV (Abert), Associação Nacional das Editoras de Revistas (Aner), Federação Nacional dos Jornalistas (FNJ), Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). #SemMordaça

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
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