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Salve comunidade italiana!
Sexta-feira, 26 de Fevereiro de 2021 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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21 de fevereiro marca o Dia Nacional do Imigrante Italiano, justa homenagem a todos os italianos e seus descendentes. Apesar do atraso, manifesto uma profunda gratidão por tudo que fizeram e fazem em prol do nosso País.

A maioria dos descendentes de imigrantes conhece a história e a saga dos seus ancestrais. Sinteticamente, registro que o Brasil é o maior país com raízes italianas em todo o mundo. A relevância da comunidade italiana na Nação levou o Congresso Nacional e o Governo Federal, por meio da Lei Federal nº 11.687, de 02/06/2008, a instituírem a data de 21 de fevereiro como o Dia Nacional do Imigrante Italiano, em homenagem à expedição de Pietro Tabacchi ao estado do Espírito Santo, em 1874, como o marco da imigração italiana no Brasil.

Como a maioria das imigrações, a italiana ocorreu em função da grande recessão socioeconômica do país ibero e a necessidade do Brasil por mão de obra. Assim, as regiões sul e sudeste, notadamente Rio Grande do Sul e São Paulo, receberam os italianos para trabalharem nas plantações de uva e nas grandes fazendas de café, em substituição à mão de obra escrava.

Apesar da Lei Áurea, aprovada em 13 de maio de 1888, que aboliu a escravatura no Brasil, os italianos imigrantes enfrentaram um regime de semi-escravidão, imposto por grandes fazendeiros de café e de outras atividades rurais. Esta foi uma das razões da migração para centros urbanos, após anos sob esse injusto regime.

Ao lado de brasileiros e de outros imigrantes, os italianos trabalharam ativamente nas fábricas que se multiplicavam no Brasil. Porém, com salários baixíssimos, viviam amontoados em cortiços. Na cidade de São Paulo, esses cortiços deram origem a bairros como o Brás, Mooca e Bexiga (carinhosamente, Bixiga), ainda hoje ligados ao passado operário italiano.

Posteriormente, transformaram-se em pequenos artesões, minicomerciantes, motoristas de ônibus e táxi, vendedores de frutas e vegetais, sapateiros, garçons de restaurantes e assim por diante. Também surgiram pessoas com visão empresarial que deixaram notáveis exemplos, como Francesco Matarazzo, criador do maior complexo industrial do País e da América Latina, no início do século XX, e o fenomenal Rodolfo Crespi. Como efeito desse crescimento, a comunidade italiana passou a compor a elite paulista.

Em todos os quadrantes do desenvolvimento do Brasil, os traços das raízes italianas foram extraordinariamente importantes. Na religião católica, na cultura, na moda, na culinária e no esporte, entre inúmeras referências. Panetone, pizza, espaguete, polenta, queijo, vinho e a gloriosa Sociedade Esportiva Palmeiras (antigo Palestra Itália). Ah! E a novela Terra Nostra? Todas as noites, arrastava milhões de telespectadores. Os historiadores afirmam que os italianos falam com as mãos, por causa dos trejeitos corporais e por serem muito extrovertidos. Mamma mia! (minha mãe!), usada em momento de espanto, como falamos, ah, meu Deus!, buongiorno (bom dia), buonanotte (boa noite), per favore (por favor), grazie (obrigado) e ciao (oi ou tchau) são expressões incorporadas ao nosso cotidiano, tamanha a carinhosa cumplicidade. São marcas da total integração à sociedade brasileira.

As raízes italianas foram e são imprescindíveis ao nosso Brasil, fazendo parte da nossa existência. Irmanados com todos os brasileiros, rendemos as sinceras homenagens à comunidade italiana com o sentimento de profunda gratidão por tudo que ela representa ao País e às nossas vidas. #GrazieMille

Foto: Guilherme Gaensly/Fundação Patrimônio da Energia de São Paulo/Memorial do Imigrante

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
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