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Apelo pela Ceagesp
Ter�a-feira, 30 de Mar�o de 2021 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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#ApeloPelaCeagesp – A maioria conhece a importância de uma central de abastecimento de alimentos, como a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp) e outras menores, como o Mercado do Produtor (Varejão ou Cobal), de Mogi das Cruzes/SP, onde são comercializados, por atacado, produtos hortifrutiflorigranjeiros do Alto Tietê. Atende feirantes e outros comerciantes varejistas com qualidade e despesas reduzidas. Vale observar que a região depende da Ceagesp porque, por questões climáticas, não é autossuficiente na produção de dezenas de produtos, principalmente as frutas, como mamão, laranja, banana, melancia, manga, etc...

A gigante Ceagesp registra movimento diário de mais de 50 mil pessoas e 12 mil veículos. Há décadas, é o centro de discussão para mudança de localidade.
Construída na década de 1960, no governo Carvalho Pinto, sofre os efeitos das grandes transformações urbanas da Capital paulista. As estruturas, a condição logística e de localização não condizem com as necessidades diárias de produtores rurais, transportadores, permissionários, atacadistas, varejistas e consumidores, além de afetar a população do entorno.

A Ceagesp foi concebida no tempo em que os veículos para transportar hortifrútis, pescados e outros, eram de dois eixos, com capacidade bruta máxima de 8 toneladas. Os caminhões deste século têm de quatro a 12 eixos e comportam peso bruto de mais de 40 toneladas. Os chamados chacareiros paulistanos da época utilizavam carroças puxadas por animais para o transporte de suas produções. As vias circunvizinhas permitiam estacionar sem congestionamentos nas regiões do Jaguaré e Leopoldina. As marginais Pinheiros e Tietê não sofriam proibição de tráfego de veículos de carga por longos períodos, como ocorre há mais de 15 anos. São algumas observações, dentre dezenas que geram prejuízos incalculáveis à toda cadeia produtiva e se agravaram a partir da década de 1980.

Desde os 6 anos de idade, acompanhava meu pai Izumi ou o meu tio Sigeo no transporte diário de hortaliças da Fazenda Abe, em Biritiba Ussu, para o Entreposto da Cantareira (centro atacadista da época), ao lado do Mercado Municipal, no centro velho de São Paulo. Quando conquistamos carteira de habilitação, eu e meu irmão Hidekasu assumimos a tarefa, com percurso alterado para a recém-inaugurada Ceagesp.

Enquanto deputado estadual, em 1991, na condição de presidente da Comissão Permanente de Agricultura e Abastecimento, presidi a Comissão Especial de Desestatização da Ceagesp, representando a Alesp. Após um detalhado e eficiente trabalho, consensual entre os integrantes das comissões e com aval do governador Fleury Filho, a Ceagesp estava engatilhada para mudança de local. Em 1995, o governador Mário Covas frustrou a expectativa de transferência. Para reduzir o gigantesco deficit econômico, o governo estadual relacionou a Ceagesp e todas as subsidiárias espalhadas pelo Estado, juntamente com o Aeroporto Internacional de Guarulhos, e outros patrimônios na lista de bens transferidos para o governo federal, como abatimento da dívida. Foi lamentável, porém, necessário, diante de interesse indiscutivelmente maior.

Como deputado federal (2011-2014), integrante da Comissão Permanente de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Capadr) e da Frente Parlamentar Mista da Agropecuária (FPA), além de presidente da Pró-Horti, trabalhamos intensamente em prol da cadeia produtiva de alimentos, incluindo a desestatização da Ceagesp. (https://www.camara.leg.br/tv/417115-frente-parlamentar-de-hortifrutigranjeiros-comemora-dois-anos/?pagina=5).

Em 2019, já na gestão estadual João Doria, a desestatização da Ceagesp voltou à pauta, com destaque da transferência para local adequado, às margens do Rodoanel, com total concordância do governo federal. Porém, assim como ocorre em meio à pandemia de Covid-19, as desavenças de ordem político-eleitoral falaram mais alto e o presidente voltou atrás. Em visita à Ceagesp, em dezembro de 2020, para inaugurar a Torre do Relógio, o presidente aproveitou para escancarar sua rejeição sobre a desestatização da Ceagesp. Em violento pronunciamento, o mandatário nacional acentuou ainda mais sua contrariedade com quaisquer outros interesses do governo paulista.

Aliás, o pronunciamento do presidente da República contra a desestatização da Ceagesp foi tão viril e contundente que sepultou, por ora, a aprovação do seu próprio governo que, por meio do Ministério da Economia e demais órgãos subordinados, previam a privatização para este mês de março (2021). Repito, foi uma decisão extremamente prejudicial à cadeia produtiva de alimentos e à população.

Não temos a pretensão de julgar quem quer que seja. Mas, como cidadão brasileiro, líder rural e profundo conhecedor das centrais de abastecimento, sinto-me no dever de fazer um incisivo apelo aos governantes: tenham sensibilidade e trabalhem visando o bem comum, deixando de lado as vergonhosas desavenças de ordem político-eleitoral, porque tudo tem sua hora certa para acontecer. Deixem as divergências de lado e concretizem a privatização da Ceagesp, com as necessárias mudanças de que a companhia precisa para servir com eficiência! #TrabalhoConjunto #SemPoliticagem

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
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