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Triste desperdício
Sexta-feira, 27 de Maio de 2022 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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#ComidaNoLixo – Na década de 1980, como produtor e líder rural, já discutia com as autoridades governamentais o desperdício de alimentos no Brasil, desde a produção até o consumidor final. Era uma coisa doida, diante das famílias pobres que sofriam com a fome. A fotografia não mudou nadinha. Continuamos jogando comida fora!

Conforme dados de 2018 da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), anualmente, cada brasileiro desperdiça em média 41,6 kg de alimentos, número que corresponde 8,9 milhões de toneladas de comida jogada no lixo. São restos alimentares parcialmente consumidos ou sobras resultantes da administração inadequada do alimento, com armazenamento impróprio, transporte inadequado, estradas ruins, colheitas mal feitas e etc. Enfim, há perdas diárias em toda a cadeia produtiva, incluindo o consumidor final.

Reportagem publicada na Uol estima que o Estádio do Maracanã todinho não seria suficiente para depositar os alimentos desperdiçados anualmente. Dentre os mais descartados, estão arroz (22%), carne bovina (20%), feijão (16%) e frango (15%). Segundo dados do IBGE, o total de alimentos desperdiçados no Brasil atinge 131 gramas por pessoa, diariamente. Essa quantidade alimentaria 40 milhões de brasileiros. Somente a perda do arroz mataria a fome de 19 milhões de pessoas.

Globalmente, desperdiçamos 931 milhões de toneladas por ano, ou seja, 2,5 milhões de toneladas diárias, conforme pesquisa da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.

Temos tecnologia suficiente para cada setor da cadeia produtiva diminuir esse desperdício de alimentos. Na década de 1990, como deputado estadual e presidente da Comissão Permanente de Agricultura, Pecuária, e Abastecimento, representava a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) junto à Ceagesp.

Naquela época, a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, USP, Diretoria da Ceagesp, Associação dos Permissionários da Ceagesp e Alesp, unidos, tinham um projeto de aproveitamento integral de produtos descartados (verduras, legumes, bulbos e tubérculos) com sua transformação em sopas e embalados em latas de metal de 2 kg e 5 kg.

As entidades beneficentes de assistência social de centenas de cidades, em especial da Região Metropolitana, previamente cadastradas, realizavam a distribuição das latas de sopa às famílias carentes. Literalmente, um sucesso! Porém, é uma pena que, com as mudanças governamentais, o projeto tenha sido extinto. Vale a pena reativá-lo e, nesse sentido, precisamos sensibilizar as autoridades, considerando o estratosférico aumento da pobreza na população brasileira. #TristeDesperdício

(Foto: Felipe Rau/Estadão)

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
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