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Caráter acima da cor
Sexta-feira, 19 de Abril de 2024 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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#CombateAoRacismo – Em 28 de agosto de 1963, durante manifestações de milhares de negros para exigir direitos, em Washington (EUA), um dos maiores líderes mundiais de todos os tempos, o Pastor Martin Luther King disse: “Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação, onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter”.

A célebre frase tem um significado especial para mim. Brasileiro nascido em Mogi das Cruzes/SP, tenho a cara de japonês. Nos tempos de criança e jovem, da mesma forma que tantos outros descendentes de imigrantes japoneses, sofri a triste discriminação racial. Intolerância e preconceito, semelhantes aos que a população preta enfrenta com maior intensidade até hoje. Condutas abomináveis envolvem violência e até mortes.

Segundo o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o número de mortes de pessoas negras por policiais aumentou 5,8%. Nos anos de 2020 e 2021, os negros e pardos representaram 84,1% das vítimas de intervenções policiais, quantidade que representa 54% dos brasileiros. No caso das pessoas brancas, o número de mortes teve queda de 30,9%.

O secretário nacional de Combate ao Racismo, Martvs Chagas, afirma que o Brasil vivencia uma espécie de pandemia, com o cenário de mortes da população negra, que se agrava com o aumento da miséria, do desemprego e com o crescimento do negacionismo. “É necessário fazer uma mudança efetiva em como entendemos a segurança pública no País e apresentar uma saída de algo que é crônico: a mortalidade de população negra, principalmente da juventude”.

Pela pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), crianças e adolescentes negros têm mais chance de serem revistados por policiais em São Paulo. Conforme o relatório da instituição Todos pela Educação, em 2015, 75,6% das escolas públicas no Brasil tinham ações e ensinamentos contra o racismo, mas, em 2021, o índice caiu para 50,1%, ou seja, somente metade das nossas escolas se preocupam em combater o racismo.

É triste, visto que, além do combate ao racismo, a escola é um local especialíssimo para a formação cívica das crianças e jovens. Eles serão, quando adultos, os guerreiros contra o preconceito, a intolerância e o racismo, que atingem a população negra como um todo, sem distinção de gênero e idade.

O Brasil deve demais aos africanos que, séculos atrás, presos nos países de origem, foram trazidos para realizarem trabalhos forçados, visando o crescimento desta Nação. Igualmente, temos a obrigação de agradecer e incentivar os afro-brasileiros e descendentes de todas as etnias pelo trabalho, força, dedicação, cultura e amor pela nossa terra. Que prevaleça o conteúdo do caráter! Sempre. #CaráterAcimaDaCor

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
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