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Questão de humanidade
Ter�a-feira, 23 de Julho de 2024 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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#DefasagemDeMédicos – A saúde no Brasil é uma das áreas que deve ser tratada como prioridade em termos de investimento público. Infelizmente, estamos a léguas desta medida. São 389 instituições de ensino superior formando médicos, contra as 180 de 2014 e as 78, de 1990. Contudo, a pesquisa Demografia Médica 2024, divulgada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), comprova situação caótica:

Há sete médicos para cada mil habitantes nas capitais, contra menos de dois para cada mil habitantes nas cidades do Interior. O CFM revela um boom de novos profissionais, porém prevalece a desigualdade demográfica na distribuição dos profissionais de saúde pelo País. Segundo o CFM, o Brasil possui 575.930 médicos, sendo que 330.278 trabalham nas capitais, onde estão menos de 25% da população, contrastando com 77% da população interiorana que conta com somente 299.789 médicos.

Os números mostram a grande disparidade entre grandes e pequenos municípios. A cada dez médicos, seis estão em cidades com mais de 500 mil habitantes, contra a soma de todas as cidades com menos de 100 mil, que contam com tão somente 15% dos profissionais em atividade no País. O panorama atual significa que em cidades com mais de 500 mil habitantes, a proporção é de 6,2 profissionais para cada mil pessoas, contra 0,48 para cidades com até 5 mil pessoas.

Os locais longe dos grandes centros urbanos “enfrentam desafios consideráveis para reter e atrair os profissionais” (Foto em Novo Hamburgo/RS: Reprodução/Internet). A significativa concentração de médicos nos grandes centros econômicos, aglomerações populacionais e locais onde se agrupam instituições de ensino superior e uma vasta gama de serviços de saúde, explica-se a uma oferta maior de oportunidades aos profissionais.

De 1990 a 2023, o número de médicos aumentou cerca de 5% ao ano, enquanto o crescimento populacional foi de 42%. Porém, o CFM taxativamente afirma: “Não basta ter um crescimento no número de profissionais se a desigualdade na distribuição territorial também aumenta”. Para o conselheiro federal e supervisor do censo, Doutor Donizetti Giamberardino, a explosão de novas escolas de medicina atende a “interesses políticos e motivação mercantil” e continua com uma afirmativa relevante e corretíssima: “ao formarmos mais médicos, estamos concentrando-os mais em capitais e centros urbanos e não conseguimos ainda fixá-los nas cidades de difícil provimento”.

Há necessidade de uma política de interiorização e fixação desses profissionais. Clamamos aos governantes, políticos e lideranças da sociedade civil para estimularem as mudanças nos rumos dos profissionais de saúde, visando o atendimento às populações das cidades interioranas. É uma questão de humanidade proporcionar condições adequadas para superação dos desafios de assistência médica nessas localidades. #QuestãoDeHumanidade

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
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