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Vencendo a solidão
Sexta-feira, 26 de Julho de 2024 Enviar por e-mail Versão para Impressão acessos
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#ConexõesSociais – Outrora, a solidão era vista como problema pessoal, porém, tornou-se assunto de saúde pública por gerar muitas doenças. Pesquisas mostram que a falta de conexões sociais está associada a diversas enfermidades e vem sendo considerada fator de risco comparável aos danos do fumo e da obesidade. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a solidão é capaz de aumentar em 25% o risco de morte; 50% o de demência; e 30% o de doença cardiovascular. A OMS criou uma Comissão de Conexões Sociais para reconhecer o tema como prioridade global e propor soluções.

O impacto da solidão na saúde ganhou mais visibilidade após a publicação de um artigo, mostrando que o fenômeno atinge jovens e idosos, mundialmente, dos países mais ricos aos mais pobres, em zonas urbanas e rurais. A ausência de contatos familiares ou a participação em atividades grupais, entre outros fatores, foi associada ao aumento da mortalidade, de doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral e pneumonias.

Em 2023, uma megarrevisão de estudos, envolvendo mais de 1 milhão de pessoas e publicada no “PLOS One”, revelou o aumento de 33% de mortalidade por todas as causas em pessoas solitárias. O dado é reforçado pelo estudo do Journal of Aging and Health, com aproximadamente 8 mil idosos. Pesquisas indicam que as pessoas com pouco contato social apresentam elevado índice de comportamentos não saudáveis: fazem menos atividades físicas; se alimentam mal; consomem álcool e cigarro em excesso; não tomam os medicamentos corretamente; e não realizam consultas médicas corretamente. Além do mais, há impacto na autoestima e maior risco de problemas mentais, como depressão e ansiedade.

Países mais ricos estão na frente com políticas públicas para o enfrentamento do problema, com iniciativas como Campanha para o fim da solidão, lançada na Inglaterra, como também na Espanha, que tem um plano com estratégias bem definidas para os próximos anos. O Brasil envelheceu, mas somente agora estamos dando conta do problema. O cenário só vai mudar quando os mais velhos puderem se inserir mais e participar de diversas atividades.

Embora parecidos, solidão e isolamento social não são a mesma coisa. A pessoa pode se sentir sozinha, mesmo rodeada de muita gente. Quanto mais interações sociais, menos solidão. Quanto mais a pessoa se arrisca, maior a chance de encontrar afinidades e de se sentir acolhida, com estímulo para novas oportunidades.

Enquanto prefeito de Mogi das Cruzes (2001-2008), encaramos como prioridade a figura da mulher, posteriormente, as crianças e, ao final, os idosos. Para os veteranos, implementamos o Pró-Hiper, um centro de bem-estar com equipamentos para práticas esportivas (inclusive, com piscina aquecida para hidroginástica); espaço cultural (música, dança, cantos e jogos); computadores com acesso à internet; núcleo para bate-papo, tudo com supervisão de profissionais de saúde. O projeto mogiano é uma referência nacional em qualidade de vida na terceira idade e alcançou a longevidade de mais de 20 anos como iniciativa perfeita para rechaçar a solidão e o isolamento social entre os idosos. #VencendoASolidão

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
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